Aumento de capital com abertura a novos accionistas
Para fazer face às necessidades de capitalização de várias sociedades do grupo, a "holding" através da qual os cinco ramos da família têm as suas participações vai aumentar o capital em cerca de 120 milhões de euros. Como nem todos os eixos familiares têm folga para acompanhar a operação, está prevista a abertura de capital a novos accionistas.

Vendeu acções do ESFG para gerar liquidez
A "holding" vendeu em Janeiro uma participação de 39% no ESFG, a um preço que terá ascendido a 22 euros por acção. Esta operação terá gerado um encaixe de quase 1.800 milhões de euros, disponibilidade financeira que terá sido decisiva para a ES International ter conseguido reembolsar papel comercial que tinha colocado em clientes do BES.

Vai comprar posições dos minoritários do ESFG
A Rio Forte deverá fazer uma oferta pública de troca (OPT) sobre as acções do ESFG que o GES não controla, com o objectivo de retirar a "holding" financeira de bolsa. Em troca, entregará valores mobiliários obrigatoriamente convertíveis em acções (VMOC) da própria Rio Forte, operação que, a prazo, implicará a abertura de capital desta "holding".

"Holding" pode ser liquidada a prazo
Foi esta "holding" que adquiriu à Espírito Santo International 39% do ESFG por um valor que terá ascendido a 1.800 milhões. No entanto, como a Rio Forte está a preparar uma OPT sobre a "holding" financeira do grupo, a prazo, a Espírito Santo Irmãos pode ser liquidada, ficando os seus activos concentrados na sua única accionista, a Rio Forte.

Assume falhas do grupo e vai aumentar capital
É o ESFG que, através da provisão especial de 700 milhões, vai assumir o risco da exposição directa e indirecta da área não financeira ao braço não financeiro do grupo. Medida imposta pelo Banco de Portugal vai deteriorar os rácios de solidez da "holding", o que exigirá a realização de um reforço de capital para repor nível de solvabilidade adequado.

"Holding" desaparece
É esta "holding" que, com uma posição de 35,3%, é o maior accionista do BES, dando corpo à parceria histórica entre a família Espírito Santo e o Crédito Agricole. O maior accionista da Bespar é o ESFG, com 73,6%, enquanto o grupo francês tem o restante capital (26,4%). Esta "holding" vai desaparecer, obrigando a uma revisão da parceria com o Crédit Agricole.

Banco fica blindado contra novas falhas no grupo
O objectivo da reorganização do GES é blindar o banco contra novos problemas na área financeira do grupo. O risco da exposição actual do BES às empresas da área não financeira foi assumido com a provisão a registar pelo ESFG. Com as medidas de desalavancagem, capitalização e segregação de órgãos sociais e marcas em curso, pretende-se que o banco não volte a ser afectado pelo GES.