Fonte:Negócios
Não
Governo fica

Política interna
O governo suportado pelo Syriza sente-se legitimado na sua oposição às políticas defendidas pelos credores. Tsipras quer voltar à mesa de negociações e reclama uma reestruturação da dívida pública.

Credores e negociações
Os credores repetem que não melhorarão oferta após o referendo. A continuação do impasse negocial parece provável. Sem dinheiro, o Estado poderia ser forçado a emitir títulos de dívida interna.

Mercados
O deteriorar das negociações deverá levar os investidores a procurarem activos refúgio. Contudo, nenhuma crise financeira deverá surgir, até porque os receios de contágio têm sido afastados.

BCE e controlos de capitais
Sem um acordo, o BCE dificilmente aumentará o financiamento à banca. Poderá mesmo reduzi-lo, exigindo mais colateral aos bancos, ou fechando a ELA. Continuação de controlos de capitais quase certa.

Bancos
Bancos dificilmente poderiam reabrir na terça-feira ou, pelo menos, dificilmente poderiam permitir levantamentos. Pagamentos internos por cartão poderiam talvez continuar a ocorrer.
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Sim
Governo sai Governo fica
Política interna Em caso de vitória do "sim" o governo de Alexis Tsipras poderá cair, forçando a convocação de eleições antecipadas. Continuará a incerteza em relação à posição de um futuro governo sobre o ajustamento. Se resistir à vitória do "sim", Alexis Tsipras terá de convencer a facção mais crítica da UE no seu partido para negociar um terceiro resgate. Em alternativa, poderia procurar acordos com outros partidos.
Credores e negociações Comissão Europeia, FMI e os governos europeus teriam provavelmente de encontrar uma forma de manter o apoio à Grécia, pedindo eventualmente um acordo prévio às medidas pelo Governo de Tsipras. A continuação do governo, nesta configuração ou outra, aceitando o essencial das políticas defendidas pelos credores, permitiria acelerar as negociações para um novo resgate, já solicitado.
Mercados Até às novas eleições, os mercados deverão negociar desligados da Grécia. Contudo, a incerteza irá prevalecer entre os investidores. Por isso, haverá sempre reacção a qualquer novidade. Este deverá ser o melhor cenário para os mercados. Assim, a incerteza já não assusta os investidores, o que dá margem para as bolsas subirem e os juros recuarem. Mas tranquilidade só depois de um acordo.
BCE
e controlos
de capitais
Perante um impasse e as perspectivas de um acordo, o BCE poderia provavelmente voltar a emprestar dinheiro aos bancos gregos, pelo menos até às eleições. Controlos de capitais devem manter-se. Este é o cenário em que será mais fácil ao BCE aumentar o financiamento de emergência aos bancos gregos. Um sinal desta natureza pelo BCE poderia travar a saída de capitais.
Bancos A reabertura dos bancos é uma das grandes incógnitas. O Governo decretou o seu fecho até terça-feira. Mas se o BCE não aumentar o limite de dinheiro que cede aos bancos dificilmente abrirão. Com o BCE a emprestar dinheiro dos bancos gregos, as instituições financeiras poderiam provavelmente abrir portas na terça-feira. Algum tipo de controlo de capitais poderia manter-se.
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T.C.
Chumba referendo

Política interna
Se o Tribunal Constitucional grego chumbar o referendo - há quem argumento que é inconstitucional referendar temas orçamentais - poderá fragilizar o Governo, embora menos do que se o "sim" ganhar.

Credores e negociações
As instituições voltariam provavelmente a propor um acordo na linha do que vinha sendo negociado. Resta saber como reagiria o Governo, pressionado por bancos fechados e controlos de capitais e falta de fundos.

Mercados
A incerteza mantém-se, pelo que não haverá um impulso aos mercados. Ainda assim, salvo notícias muito negativas em relação às negociações, os investidores deverão voltar a olhar mais para os fundamentais.

BCE e controlos de capitais
Sem um acordo, o BCE dificilmente aumentará o financiamento à banca. Poderá mesmo reduzi-lo, exigindo mais colateral aos bancos, ou fechando a ELA. Continuação de controlos de capitais quase certa.

Bancos
Bancos dificilmente poderiam reabrir na terça-feira ou, pelo menos, dificilmente poderiam permitir levantamentos. Pagamentos internos por cartão poderiam talvez continuar a ocorrer.
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