Cenário PS

 Cenário actual
"O resultado Virtuoso"
de António Costa

Défice orçamental
Primeiros dois anos piores,
mas acaba 2019 melhor
As medidas propostas pela equipa de 12 economistas do PS alteram a trajectória de evolução do défice orçamental português. Nos primeiros dois anos, é assumido que o défice será reduzido a um ritmo mais lento, mas em 2018 e 2019 o resultado até será melhor.
Rendimento disponível
Um pico que impulsionará a economia
A comparação entre o cenário da Comissão Europeia e do PS mostra um crescimento muito mais expressivo do rendimento disponível das famílias. Uma consequências de várias das medidas propostas, que tem um efeito multiplicador nas variáveis seguintes. A principal diferença é em 2017.
Consumo privado
PS espera crescimento
muito maior do consumo
Basta olhar para os gráficos para se perceber que este indicador regista uma variação muito diferente. Por exemplo, enquanto a Comissão Europeia espera que o crescimento privado avance 1,3% em 2017, os economistas do PS antecipam que esse ano traga uma variação de 2,9%.
Custos unitários de trabalho
Uma economia ainda mais competitiva
Curiosamente, o programa dos 12 economistas prevê uma contracção ainda maior dos custos unitários de trabalho, um indicador que - tantas vezes foi dito - deveria ajustar. Esta descida que deverá estar a ser influenciada pelo crescimento do emprego pelas descida da Taxa Social Única (TSU).
Investimento
PS muito mais optimista para o investimento
Neste indicador observam-se diferenças gigantescas. O PS vê as suas medidas empurrarem o investimento para valores próximos de 9%, enquanto a Comissão Europeia nunca espera um ano com um valor superior a 4%. Em conjunto com o consumo será o motor da economia.
Desemprego
Um mercado de trabalho mais aliviado
A evolução da taxa de desemprego é central para o plano do PS. É com mais pessoas empregadas, a contribuir mais para a Segurança Social e a pagar mais impostos que será possível financiar algumas das medidas propostas. Em 2019, o desemprego será 3,4 pontos mais baixo do que Bruxelas espera.
Saldo externo
Melhorias, mas a um ritmo mais baixo
Em ambos os cenários, o saldo externo apresenta melhorias. No entanto, o ritmo desenhado pelo plano dos economistas do PS é um pouco mais lento do que no cenário da Comissão Europeia. Ainda assim, os dois terminam o horizonte - 2019 - com um saldo externo superior a 7% do PIB.
PIB
Uma economia mais dinâmica
Este esquema não tem propriamente um princípio nem um fim, porque o ciclo se alimenta a si próprio. Segundo o PS, em teoria, a economia crescerá mais, chegando mesmo a ultrapassar o limiar dos 3%. Um PIB mais alto influencia também um maior dinamismo de outros indicadores.
O impacto de uma moeda mais frágil
Se há efeito que parece praticamente automático é a desvalorização do euro. Esse movimento ajudará de duas formas: as empresas exportadoras europeias deverão vender mais; e as compras ao exterior ficarão mais caras, "importando" inflação.
Investir para crescer
Se houver mais crédito disponível para as empresas, não só a quantidade aumenta, como os juros cobrados deverão começar a baixar. O investimento é um dos principais trampolins da economia. Ao realizá-lo, as empresas aumentam o seu potencial de produção futura.
Investidores esfregam as mãos
O dinheiro que os bancos recebem em troca dos títulos de dívida permite-lhes comprar novos activos, que podem ser acções. Isto pode resultar numa escalada das bolsas, como aconteceu com o QE dos EUA. Só que na Europa o financiamento da maior parte das empresas não passa pelo mercado de capitais. Num cenário mais pessimista, pode até criar uma bolha nas bolsas. E os bancos podem decidir nem sequer investir na Zona Euro.
Periféricos com famílias endividadas
Se este caminho ajuda a economia, por que é menos desejável? Porque economias muito dependentes do consumo privado para crescer, como é o caso de Portugal (66% do PIB), devem evitar crescer por via do crédito ao consumo. As nossas empresas também estão endividadas, mas o investimento só representa 16% do PIB.